terça-feira, 24 de novembro de 2009

A DÉCIMA SEXTA DAS CENTO E UMA!


O ano era o de 1980, mais precisamente no dia 30 de março.
O Personagem atendia pelo nome de Nelson Piquet Souto Maior. O local da décima sexta vitória do Brasil, das cento e uma conquistadas na F1 até o momento, foi o circuito de Long Beach.

No Oeste dos Estados Unidos novamente um brasileiro alcançava seu primeiro triunfo na categoria mais importante do automobilismo mundial.

O Carioca que contribuiu imensamente para a consolidação do automobilismo nacional na F1, nasceu em 17 de Agosto de 1952 no Rio de Janeiro.

Nelson, filho de Clotilde Piquet e de Estácio Souto Maior, Ministro da Saúde durante o governo de João Goulart, era carioca de origem, porém viveu grande parte da sua vida em Brasília depois da fundação da cidade em 1960.


Piquet Estreou na F1 no ano de 1978 no Grande Prêmio da Alemanha, disputado em Hockenheim no dia 30 de julho, pilotando uma Ensign/Ford. Largou em 21º (em um grid formado por 24 carros), mas abandonou na 31ª das 45 voltas com problema de motor quando estava na 12ª colocação. Ainda naquele ano, correu pela McLaren em três etapas do mundial. Também sem conseguir pontuar, abandonou na Áustria por conta de um acidente e na Holanda com problemas de transmissão, ainda foi o nono colocado na Itália.


O estilo atrevi
do, rápido e consistente de Nelson chamou a atenção do proprietário de equipe Brabham, que era niguém menos que Mr. Bernie Eccleston.


A primeira temporada completa do Piloto na categoria foi apática. A Brabham enfrentava sérios problemas em virtude de um propulsor pesado, beberrão e ultrapassado fornecido pela Alfa Romeu. Quando podia andar a pleno nos treinos classificatórios, Piquet sempre ia bem, superando em algumas oportunidades NiKi Lauda, já nas corridas o desempenho era cômico. Nelson somou apenas três pontos ao longo do ano com uma quinta colocação conquistada no Grande Prêmio da Holanda, assim concluía a temporada na 15ª posição.


No ano de 1980 a equipe Brabhan trocou o motor Alfa Romeu pelo propulsor da Ford, foi quando a profecia de David Simms começou a tomar forma. O chefe de equipe da BS Fabrications, onde Nelson testou pela primeira vez um F1, o M23, afirmou ainda em 1978 que apostaria todo seu dinheiro, com quem quisesse, que Nelson Piquet seria campeão mundial em três anos.

Chegávamos a 4ª Etapa daquela temporada. Piquet após um início de carreira arrebatador partia para o primeiro grande momento de sua carreira.
Williams, Ligier e Renault eram as outras equipes protagonistas da temporada de 1980.

Embora Piquet tenha se estabelecido rapidamente no universo duro da F1, até aquele momento já havia corrido 23 GPs sem ter se encontrado com a Vitória ou mesmo com uma Pole-Position, mas tudo estava reservado para o dia 30 de Março de 1980.

Seria o Famoso Hart Trick, "Barba, Cabelo e Bigode". Nelson Fez a Pole-Position, a volta mais rápida e venceu a corrida.


Piquet exímio acertador cravou a Pole sendo quase um segundo mais veloz que Rene Arnoux da equipe Renault. Só para se ter uma idéia Emerson Fittipaldi encerrava sua carreira na F1 largando em último lugar com o F7 tendo sido cinco, eu disse cinco, segundos mais lento que Nelson no treino classificatório.

Piquet ainda ressaltava o ajuste obtido no BT49, afirmando que os quatro pneus estavam igualmente desgastado, apresentavam inclusive bolhas semelhantes.

No Domingo largada impecável. Nelson assume a ponta e passeia pelas ruas de Long Beach. Não demorou muito e Arnoux perdeu a segunda posição para Depailler que guiava o Alfa Romeu 179B




Para melhorar o que já estava bom, na terceira volta, em conseqüência de uma feroz disputa pelo quinto lugar, quatro pilotos ( Giacomelli, Reutemann, Jarier e Elio de Angelis ) entraram juntos na curva do cotovelo. Só passava um carro. Entraram quatro. Não deu outra. Ninguém apareceu na tomada seguinte. Derrepente a Alfa de Giacomelli aparece atravessada na pista, com a frente afundada na cerca de proteção. Os outros três carros bateram entre si. Todos os pilotos escaparam ilesos, menos De Angelis, que teve uma perna fraturada.




Com isso Nelson sobrava rumo a sua Primeira vitória na F1, a décima sexta do Brasil na categoria, mostrando todo seu talento o experiente Emerson Fittipaldi se aproveitava de todas as confusões e trapalhadas alheias para trazer seguro seu F7 a um pódio inacreditável. Naquele dia o cajado era entregue a Piquet.

Nelson foi implacável. Inapelavelmente venceu o GP de Long Beach de ponta a ponta com BT49 de Bernie Eccleston, cravando dessa forma seu nome para sempre na História da F1.





A última vitória do Brasil tinha sido conquistada por Emerson Fittipaldi em 1975 no Grande Prêmio da Inglaterra.
Naquele ano Piquet Seria Vice-Campeão, e no ano de 1981 a profecia de David Simms se cumpria. Nelson Piquet Souto Maior Campeão Mundial de Fórmula1 em cima do argentino Carlos Reutemann por apenas um ponto.

Piquet foi o primeiro brasileiro a sagrar-se Tri-Campeão da categoria, largou para 204GPs, obteve 23 vitórias, 24 Pole-Positions, 23 voltas mais rápidas e 60 Pódios.

Para encerrar no clima do Tri-Campeão deixamos uma de suas pérolas:

"Alain Prost é cheio de frescura, Keke Rosberg é muito confuso, Renée Armoux é um panacão, mas o Niki Lauda é legal." Piquet dando sua opinião sobre alguns de seus rivais.


Nelson Piquet Souto Maior completou 57 anos nessa segunda-feira 17 de agosto.

domingo, 1 de novembro de 2009

EM FINAL INSOSSO VETTEL VICE VENCE, KOBAYASHI BRILHA E RUBINHO SEM APETITE CHEGA EM 4º LUGAR!

Em uma temporada onde não conseguimos identificar que foram efetivamente os melhores, a não ser pela fatídica matemática, que determinou Button Campeão e a Brawn a melhor equipe, ficou difícil entender quem realmente brilhou no Campeonato de 2009.


Em Abu Dhabi vimos uma corrida onde mais se falava da beleza do Crepúsculo, do “Lusco Fusco”, do que da prova em si, que realmente não teve muitos atrativos.

O ponto alto da corrida - vejam só - foi o momento em que esperávamos a transição do dia para a noite. Quem poderia imaginar que uma pista desenhada pelo gênio Hermann Tilke brilharia, não pelos desafios e sim pelos raios de luz do por do sol.



Certamente a pista precisa ser melhorada, mas é inegável que por se tratar da última prova, e os Pilotos visivelmente não aspirando maiores pretensões, a prova foi fatalmente sem graça.

Em meio a “Luscos Fuscos”, por do sol, imagens do Mudo Ferrari e de estrelas convidadas pela direção de prova, quem sobrou, pelo menos em Yas Marina, foi o discípulo de Nigel Mansell Sébastian Vettel.




Mas uma vez mostrou sua genialidade e seu jeito agressivo de conduzir. É certo que Hamilton teve problemas, mas analisando o desempenho que demonstrava antes do inglês abandonar, provavelmente Vetell ficaria com a vitória independente do ocorrido.

Com o passeio em Abu Dhabi o alemão garantiu o Vice-Campeoanato em seu segundo ano na categoria. Grande resultado.


Rubinho fez uma corrida embasada na experiência e sem apetite, mais uma vez mostrou sua qualidade quando Webber passou por cima da asa dianteira de sua Brawn.

A surpresa mais agradável nesse final de temporada foi a chegada do Japonês Kamui Kobayashi. Ele que já tinha dado uma carimbada na faixa de Campeão de Button, quando lhe aplicou um “X” no “S” do Senna, dessa vez forçou o Inglês de tal forma que fez com que o Campeão cometesse um erro e, assim, levou a melhor sobre Button em duas provas seguidas. O Japa que fez inclusive a melhor volta da corrida promete e promete muito.



Assim com Vitória de Vettel, Kobayashi brilhando e Barrichello sem apetite, chegamos ao final de mais uma temporada da Fantástica e inrresistível Fórmula-1.










Veja resultado final da última prova da temporada:
Fonte infográfico - www.warmup.com.br