quinta-feira, 30 de julho de 2009

A VOLTA E OS QUE FORAM!!!

A VOLTA!

Por incrível que pareça ainda é de causar euforia. A noticia é a de que, daqui a pouco menos de 25 dias o Piloto sete vezes Campeão do Mundo, Michael Schumacher, estará de volta a um carro de F1!

Há um mês atrás ninguém poderia imaginar tamanha agitação no mundo da Fórmula-1:

Tudo começava com a ascensão da RBR e as vitórias de Mark Webber e Sebastien Vettel botando fogo no Campeonato, depois a demissão do outro Sébastien, o Bourdais; daí seguem as brigas de Nelsinho, Nelsão contra Briatore; a STR contrata para o lugar de Bourdais o jovem Jaime Aguesuari - piloto mais novo a estrear na F1 -, logo depois a pior notícia do ano, acidente envolvendo Felipe Massa, na seqüência a mais patética, o anuncio de se retirar da categoria por parte da BMW-Sauber e aí veio a mais surpreendente e agradável das novidades, Michael Schumacher de volta as pistas da Fórmula-1!

Uma avalanche de informações negativas, exceto a volta do Hepta Campeão.

Saber que o alemão vai guiar no GP de Valença faz com tenhamos aquele sentimento comum a quando a F1 está de férias - em período preparatório para mais uma temporada - a vontade de que o dia da corrida chegue logo.

Em meio a tudo de triste que o acidente de Felipe trouxe, a volta do Schumi é, sem dúvida, a melhor notícia.

É certo que algumas indagações ficam no ar:


Será que o homem vai andar forte? E se ele ganhar logo de cara, como ficaria a situação para Felipe e Raikkonen? Qual será a sensação ao vermos uma Ferrari novamente vestida com aquele capacete vermelho marcante? Imagino que essas são algumas das perguntas que ecoam na cabeça de muitos.

Tudo que Schumacher fez é tão incrível que sua volta é também perigosa! Pode manchar, mesmo que um pouco, sua imagem quase que irretocável, afinal de contas o atleta já tem quarenta anos e não há como ignorar este fato.





Quando Willi Weber, empresário do Piloto, dizia no início da semana que Michael não voltaria, estava sendo sincero. Ele declarou nesta quarta que aconselhou o alemão a não voltar para F1 e explicou os motivos. "Eu aconselhei Michael a recusar o convite, devido à expectativa do público
. Se Schumacher está de volta em um carro, então eles querem vê-lo vencendo", Explanou Willi Weber!



Será que Willi está certo? Será que é apenas uma jogada para tirar o peso da responsabilidade de cima de Michael?

É difícil saber como Schumi irá se sair! Mas sua história fala por si só, dispensa comentários a cerca de sua capacidade e sua obstinação pela vitória! É esperar para ver!


OS QUE FORAM!

Quando ainda era madrugada de quarta-feira aqui no Brasil, na Europa a chapa já esquentava!

A BMW convoca uma coletiva e diz que seu conselho decidiu nessa terça-feira que não querem mais continuar na Fórmula-1. Não é de se causar espanto? Da noite para o dia tomar uma decisão tão chocante e dizer que tudo isso foi decidido em um único dia!

Sendo assim esse Grupo deve mesmo ter muita sorte, porque se todas as decisões tomadas por seu conselho acontecem em um único dia, sem amadurecimento e sem levantamentos que possam justificar suas ações, como ainda não faliram? Será que quando foi para entrar na F1 também foi assim? Convocaram uma reunião, debateram um “tiquinho” e pronto. Vamos participar da F1!!!

Só sendo trouxa para acreditar em tamanho cinismo!
Não tem jeito. As montadoras são dirigidas por balancetes, Conselhos, Contadores e Acionistas que só pensam em uma coisa: Dinheiro! Isso é o que move esse tipo de gente.

Não há compromisso por parte deles para com a Fórmula-1 e, por causa disso temos que tirar o chapéu para o velho Bernie que faz de tudo para evitar que as mesmas tomem conta do circo.

As montadoras só querem uma desculpa para tirar o corpo fora quando lhes é conveniente.

No final do ano passado o Grupo Honda pegou carona no estouro da crise financeira que afetou o mundo e anunciou sua retirada da categoria, também da noite para o dia!

O consolo é que, pelo menos esse aí já pagou por seus pecados ao ver o carro que haviam desenvolvido ganhar seis corridas quase que consecutivas, só que com o nome Brawn impresso no projeto outrora pertencente a eles, isso poucos meses após sua saída. Nadaram, nadaram e morreram na praia. Não parece castigo? Mas de qualquer forma fica o exemplo da falta de compromisso com o esporte.

Agora a BMW faz o mesmo, só que pior, nem uma desculpa plausível tem a seu favor. “Trata-se de um passo em direção ao realinhamento estratégico de nossa campanha”. Afirmou Norbert Reithofer um dos diretos do time.

O que quer dizer essa besteirada toda na prática? Esculhambação com o desporto, falta de compromisso, ganância! Sem mais.

Essa trupe sabe muito bem o que faz e, ao contrário do que disseram, de somente nessa terça ter decidido sair da F1, tudo foi muito bem articulado por homens de calculadoras nas mãos e acionistas que não sabem nem como é um carro de Fórmula-1.
Patético!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A REVELAÇÃO - PORQUE JENSON BUTTON NÃO SERÁ CAMPEÃO!!!

Quarenta e dois a dezoito. Este é o placar da batalha Brawn versus RBR nos últimos três Grandes Prêmios disputados







Desde o GP da Inglaterra a equipe do Energético criou asas e começou a voar. São duas dobradinhas e mais um terceiro lugar alcançado hoje pelo consistente Mark Webber. Na soma são 42 pontos contra 18.


Se essa média de pontos fosse mantida a risca até o final do ano, curiosamente a Brawn marcaria nas oito provas restantes da temporada 42 pontos, ou seja, o mesmo desempenho alcançado pela RBR em apenas três corridas. Já a RBR alcançaria 112 pontos.



Aí não fica difícil imaginar quem será o Campeão ao final da temporada de 2009.


A impressão é de que o Braw Mercedes está no seu limite. É um bom carro, porém não tem mais lenha para queimar, enquanto do outro lado temos um RBR desenhado pelo Gênio Andrian Newey com um grande pontencial de desenvolvimento.




Peço uma pausa só para lembrar-mos algumas de suas obras primas:



FW 14B, que deu o título de Campeão de 1992 a Mansell; o FW15 que entre tantas tecnologias apresentava a suspensão ativa, Controles Fly-by-Wire, telemetria de mão dupla, freios ABS, câmbio semiautomático, controle de tração e direção hidráulica.



O Air-bus, como era cariosamente apelidado por Alan Prost, rendeu ao francês o Tetra em 1993 . O FW15 é considerado por muitos o carro mais fantástico da história da F1.

Mas a tecnologia estava além da conta e o período da automação na F1 acabava ao final do ano de 1993.

O calvário de Andrian começou quando o FW16, carro inicialmente pensado para atuar com toda tecnologia da automação teve que ir para a temporada de 1994 sem os apetrechos da tecnologia, então o que vimos foi uma Williams nervosa, difícil de guiar e que vitimou Ayrton Senna quando a barra de direção se partiu na curva Tamburello em Ímola.

A Corte Italiana acusou formalmente Andrian Newey de homicídio pela morte do brasileiro.

Toda confusão causada pelo fatídico acidente e as conseqüentes acusações, fizeram com que o Artista procedesse breve descanso até 1996, quando voltou a esculpir outra obra de arte e viu Damon Hill ser campeão com seu FW 18 e Jaques Villeneuve ser o melhor em 1997 com o FW 19.




Em 1998 Andrew foi para a McLaren e apresentou mais uma Máquina imbatível. O MP4/13 que tirou o time de Woking da fila e para variar no ano seguinte o MP4/14 dava o Bi-Campeonato para Mika Hakkinen e mais um título no currículo do Artista.






Aí apareceu um tal de Michael Schumacher e Newey caiu no ostracismo.

Mas Gênio que é Gênio não pode ficar parado e o artista está de volta apresentando o RBR-5, um presente para o talentoso Vettel e para o consistente Mark Webber. O projeto desenhado por Andrian Newey, ao contrário da Brawn, se mostra com grande espaço para receber novidades. Sempre que se modifica alguma coisa o bólido apresenta melhoras.

Sabemos que com a proibição dos testes na F1, toda novidade tem que ser testada durante os finais de semana de corridas, logo se errar a mão o prejuízo é grande.


Não há como deixar de falar da mola voadora que se desprendeu do Brawn de Rubens. A equipe de Ross prometeu um novo pacote para o Grande Prêmio da Hungria e aí está o resultado:
O Carro se mostrou mais fraco do que na Alemanha e pior, causou grande apreensão em todos nós após largar uma peça próximo da curva dez e lesionar gravemente Felipe Massa. Será coincidência essa mola se desprender da Brawn exatamente quando a equipe anunciou novidades?


Dificilmente Button conseguirá salvar o título que parecia o mais certo dos últimos anos.

O RBR5 é um carro desenhado por um Gênio chamado Andrian Newey, enquanto a Brawn aparenta já haver esgotado todo seu potencial de evolução.



A vitória de Lewis Hamilton e o segundo lugar obtido por Kimi Raikkonen no GP da Hungria deixam claro isso, todos conseguem melhorar, menos a Brawn.

Por isso e mais algumas coisas, das quais falarei em um outro dia, acredito que o título desse ano não vai para as mãos de Jenson Button.




E você o que acha? Quais suas apostas? Deixe seu comentário!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A NOVELA CONTINUA!

O GP da Hungria já prometia mesmo antes de terminar a Prova de Nüburgring na Alemanha 13 dias atrás. Muitas indagações povoavam a cabeça de todos:

Seria aquele o dia da Centésima vitória Brasileira na F1? E se viesse? Seria pelas mãos de Massa ou Barrichello que se apresentavam consistentes no início da corrida!



Nelsinho já corria demitido ou tudo não passava de especulação? – Galvão insistia que Piquet Junior já estava fora – tamanha era a convicção do narrador global, que na segunda-feira posterior a corrida da Alemanha cometeu uma Barriga daquelas ao anunciar em seu Programa, “Bem Amigos”, que uma pessoa havia lhe telefonado e informado a demissão de Nelsinho por parte da Renault instantes antes de seu anuncio – o que não se constatou.

Após abandono por quebra Sébastien Bourdais se emocionava ao abraçar o dirigente técnico da Toro Rosso Giorgio Ascanelli.
Siria o sinal de que tudo havia terminado para o Francês?

Senão vejamos:

A centésima vitória do Brasil não veio na Alemanha.
Mais uma vez coincidentemente em um GP que Barrichello ia bem, com reais chances de vitória, o "rei da estratégia" Ross Brawn faz a prova do brasileiro sucumbir diante de uma tática de corrida abaixo da mediocridade, com direito a falha suspeita em bomba de combustível e tudo mais, fatos esses que levaram Rubinho a quase que inconscientemente pedir demissão após a prova. Felipe Massa, mais uma vez demonstrando que na atualidade é um dos melhores, fez milagre e premiou a desorganizada Ferrari com o 3º Lugar. De qualquer forma a vitória histórica não aconteceu em Nüburgring.


A demissão de Piquet Jr. também não se confirmou e Bourdais até deu pinta que sobreviveria para tentar suas últimas fichas no GP Húngaro, mas não deu. A equipe anunciou sua demissão sem que o Piloto, segundo nota do próprio à imprensa, estivesse esperando.


Em meio a tudo isso Nelsinho Continua com seu nome atrelado a noticiários que em geral falam de “pressão, demissão, última chance e coisas do tipo”. No lugar de Bourdais a STR contratou um “menino” de apenas 19 anos que nunca completou sequer uma única volta em um Fórmula-1, de quebra o Espanhol ainda afirmou nessa quinta-feira em entrevista coletiva não ter nada a perder. Será mesmo que não?


Massa e Webber condenaram publicamente a atitude da equipe STR em contratar o inexperiente Jaime Alguersuari. Muitos consideram a contração do “menino” perigosa até mesmo para sua integridade física.

Exagero? Publicidade? Conversa fiada? Não sabemos. Certo é que estrear no duro circuito de Budapeste sempre foi complicado independente da bagagem do estreante.


No frigir dos ovos para esse fim de semana parece que “As novas são velhas”, com poucas nuances!




Enfim chegaremos à centésima vitória Brasileira na F1?


Segunda-feira Nelsinho ainda estará empregado?

E a que mais me intriga – Como será o desempenho do Espanhol Jaime Alguersuari estreando no travado circuito da Hungria, onde possivelmente fará um calor descomunal ou cairá uma chuva torrencial? Essa eu não pagaria para ver!


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terça-feira, 21 de julho de 2009

A PRIMEIRA DAS NOVENTA E NOVE!!!

"Foram as oito voltas mais difíceis da minha vida! Lembrei-me de todas as vezes que me imaginei num F1 e de quantas vezes recortei fotos de Jim Clark e sua Lotus." - Emerson Fittipaldi comentando sua primeira vitória na Fórmula-1.
O ano era 1970, mais precisamente no dia 04 de outubro. O personagem atendia pelo pseudônimo de Rato. O local foi o Circuito de Watkins Glen no Estado americano de New York. Naquela tarde começava a ser escrita a página mais importante da História do Automobilismo Brasileiro na F1.

Emerson Fittipaldi havia estreado em Brands Hatch na Inglaterra em um ultrapassado Lotus 49C/Ford que mal tinha velocidade para lhe permitir alinhar na última fila de um Grid que contava com nomes como Hill, Stewart, Hulme e John Surtess.

Apenas quatro provas após sua estréia, o ainda Rato, já alcançava a primeira vitória na F1 e consequentemente brindava o Brasil também com a primeira conquista na Categoria mais importante do automobilismo Mundial.

"Foram as oito voltas mais difíceis da minha vida! Lembrei-me de todas as vezes que me imaginei num F1 e de quantas vezes recortei fotos de Jim Clark e sua Lotus. E, era eu ali, prestes a receber a bandeirada quadriculada!” (Emerson Fitipaldi sobre sua primeira vitória na F1).



Colin Chapman. Esse é o nome do personagem que propiciou aos Brasileiros a emoção de ver um compatriota vencer pela primeira vez um GP de F-1.

Após a morte de Jochen Rindt, que era o Piloto número um da equipe Lotus e liderava aquele ano com larga vantagem, Chapman precisava, em pleno curso da temporada, contratar um substituto para conduzir o Lotus 72 pelo restante do Campeonato.
Deixando boquiaberto o Mundo Chapman deu a Emerson - na ocaisão um novato com apenas três provas no currículo - a oportunidade de sua vida. Conlin, dirigente de faro apurado mais uma vez acertava em cheio.
O promovido Emerson não só fez bonito como deu show! Venceu o GP dos Estados Unidos, Levou a Lotus ao título de construtores e garantiu ao colega Rindt o título póstumo de Campeão Mundial de F1 da temporada de 1970.
O agora Fitty Fabulous se tornava notícia Planeta a fora! O Brasileiro mais veloz do mundo, diz o título da matéria de um Jornal de época.
Depois disso em apenas cinco temporadas o Brasileiro que ficou conhecido como “Fitty Fabulous”, alcançaria dois Títulos Mundiais e dois Vice-Campeonatos. Em toda sua trajetória na Fómula-1 Emerson disputou: 144 largadas, alcançando 14 vitórias, 6 Pole Positons, 6 voltas mais rápidas, 35 Pódios e 281 pontos. O primeiro título de Campeão Mundial foi conquistado em 1972 pela Lotus e o segundo em 1974 pela McLaren, em meio a tudo isso ainda foi duas vezes Vice-Campeão, nos anos de 1973 e 1975. Isso é que é precursor.

Em 1976 contrariando a lógica, como sempre gostou de fazer, Emerson recusou convite das maiores equipes de F1 da época e tentou a sorte em uma equipe própria ao lado do irmão Wilsinho Fittipaldi. Com a Copersucar Emerson conseguiu resultados inexpressivos, tendo alguns bons momentos como o segundo lugar no GP do Brasil de 1978 e uma terceira colocação algum tempo depois no GP dos Estados Unidos.

Os especialistas em F1 acreditam que se não fosse essa atitude - a qual nunca é demais lembrar, sempre recebeu duras críticas - o Rato certamente teria conquistado mais alguns títulos na Categoria Máxima do Automobilismo Mundial.

E pensar que tudo poderia ter sido diferente se não fosse uma vassourada que Dona Juzi, na cozinha de sua casa, desferiu no assustado Rato.
A famosa vassourada se deu em razão de Dona Juzi, mãe de Emerson, ter tomado verdadeira aversão a corridas de Motos depois que Wilson, seu marido, sofreu grave acidente e ficou meses internado por causa de uma fratura no crânio.
Emerson inspirado pelas atuações do Pai investia forte na modalidade, só que sua Mãe, principalmente após o acidente do marido, proibiu o filho de competir na Categoria.

Certo dia porém, a mamãe sempre atenta e muito rígida, descobriu que o imperativo Emerson estava competindo escondido e aí não deu outra, ali mesmo na cozinha de casa deu-lhe uma bela vassourada, interrompendo assim sua carreira no motociclismo e obrigando o garoto de 17 anos, à época ainda chamado de Rato, a migrar para outras praias, ou melhor, para outras pistas, onde um dia receberia o pseudônimo de Fttty Fabulous.


Na foto ao lado vemos Emerson em 1963 na pista de Interlagos. Aos 17 anos o Rato era o grande “Bicho Papão” da Moto-velocidade brasileira.
Assim como Chapman Dona Juzi estava certíssima, afinal de contas "venhamos e convenhamos", melhor ser Chamado de Fitty Fabulous do que de Rato né?

Valeu Dona Juzi! O Brasil agradece a vassourada!