terça-feira, 22 de setembro de 2009

"INTERESSES"

Pode parecer estranho, mas hoje subitamente resolvi escrever esse texto se nem entender ao certo o que me levou a isso!

Na verdade não é nem uma matéria especial, é apenas uma transcrição literal de um depoimento de Reginaldo Leme concedido ao site
www.globo.com , que chama a atenção e, que pode ser entendido como um grande alerta no que tange ao espaço que abrimos para que as pessoas entrem porta adentro em nossas vidas, sem antes procurarmos saber quais suas intenções.
Nesse texto o Jornalista e Comentarista da Rede Globo desabafa do como era difícil está próximo de Ayrton Senna, não pelo Piloto é claro, mas por ter que ver o como muitas das pessoas que se aproximavam de Ayrton o explorava e muitas das vezes só queriam se aproveitar do prestígio do Campeão.

"Naquele período eu estava muito afastado do Ayrton. Embora a gente já tivesse voltado a conversar, não era mais a mesma coisa. Mas eu tenho certeza de que iria ser. Um dia ele me procurou em um autódromo e disse: ‘Vamos passar por cima de tudo’, e a partir daí a amizade passou a crescer com muita força. Certamente sem aquela proximidade que tinha antes, mas a amizade cresceu tanto, que acho que hoje o Ayrton seria o meu grande amigo.

Só que eu me mantinha a distância em autódromos, porque quando o Ayrton se tornou grande demais, ele perdeu um pouco o pé do chão. Muita gente o cercava e o bajulava, e ele não sabia mais quem era amigo ou quem estava ali querendo usá-lo. E 70% era gente querendo se aproveitar. Tinha um cara da Benetton, chamado Regino Pilota, não era da equipe, ele tinha umas lojas na África do Sul, acho que tinha negócios no Brasil... esse então, não largava. Então eu procurava me manter distante.

Olha que coisa estranha. Em Ímola, o autódromo tinha um paddock muito apertado, pois um rio passa atrás (do paddock) e não tinha para onde crescer. Então foram fazendo várias passarelas para tudo que é lado. Nós, jornalistas, circulávamos muito por uma passarela que ia direto para a sala de imprensa.




Eu me lembro que na quinta-feira, antes de começarem os treinos, eu estava passando nesta passarela e vi o Ayrton lá embaixo no meio de um monte de gente. Eram todas pessoas que eu conhecia. Eu olhei e pensei assim, juro por Deus: ‘Meu Deus do céu! Esse cara (o Ayrton) tem que ter um astral muito grande, muito alto para não acontecer nada com ele. Ele está cercado de pessoas muito negativas’."

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